sábado, 6 de dezembro de 2008

Necronomicon


Necronomicon
Um dos pontos mais significativo dos mitos. A ele um destaque especial:
Necronomicon quer dizer "nominação dos mortos" (Nomicon= ato de dar nome, Necro= mortos), melhor traduzindo, "Livro dos Nomes Mortos". As civilizações da Idade do Bronze (Antigo Egito, Mesopotâmia, Hittitas,etc...) tinham como costume escrever suas práticas funerárias em "livros" (papiro ou tábuas de cerâmica), junto com magias relativas aos mortos e invocações de deuses da morte ou do sobrenatural. Estes livros eram chamados pelos gregos de Necronomicon. Provavelmente HP Lovecraft tirou dai o nome de seu infame volume, este sim inventado e jamais escrito. (nekros, mortos, corpo, cadáver, defunto); Grego - e outras variantes (onyma, nome) ou do Latin nomen (nome). A origem da primeira palavra é certa, já há quanto a segunda uma discussão de ser grega ou latim, sendo mais provável a segunda. O nome Necronomicon também aparece em livros de arqueologia, ocultismo e história referentes a práticas funerárias da Antiguidade. A despeito do sonho do qual Lovecraft o concebeu (para maiores referências ver Selected Letters V 1934-1397. Sauk City, WI: Arkham House, 1976, 418p - onde HPL revela numa carta que inventou o livro a partir de um sonho. Se você quer ter um Necronomicon em casa, corra na livraria e compre o "Livro dos Mortos do Antigo Egito", "Livro dos Mortos Celta" e o "Livro dos Mortos do Tibet", mas se você não achar Lovecraft neles, não me culpe, eles foram escritos a pelo menos 5.000 anos antes de Lovecraft nascer.
Inspiração para o livro
É bem pouco provável que, ao criar o livro Necronomicon, Lovecraft tivesse imaginado o impacto que iria causar no meio esotérico, místico e religioso. As discussões a respeito da existência real ou imaginária do livro se estendem até os dias atuais. Tanto que existem versões forjadas aos montes na web, além de FAQ´s e anti-FAQ´s absurdas sobre ele; ou mesmo editadas, desde versões simples até bem elaboradas falando certos absurdos como uma associação de Lovecraft ao famoso ocultista Aleister Crowley (figura à esquerda). Inúmeras seitas e ordens ocultistas afirmam possuir volumes deste livro. O próprio Aleister Crowley, dizem que afirmava possuir esta obra. Suspeita-se também que Lovecraft tenha se baseado em um Necronomicon "real" para inventar o seu, dizem que ele se baseou no grimório real Liber Logaeth do Dr. John Dee (1527-1608) para isto, ou mesmo que exista uma obra como esta, mas isto não corresponde a verdade. O fato é que Lovecraft desde garoto pesquisara na biblioteca de seu avô sobre mitologia grega, suméria, maia, etc e pode vir dai a fonte de inspiração para este livro. O próprio nome do autor imaginário do Necronomicon Abdul Alhazared, foi o apelido que adotou Lovecraft após ler As Mil e Uma Noites na referida biblioteca. Voltando ao assunto do mito que virou o Necronomicon (também conhecido como "O Livro dos Mortos"), os seguidores do ocultista, matemático e astrólogo Dr. John Dee (http://www.johndee.org) acreditam que o mesmo teve secretamente uma cópia do Necronomicon. Isto se deve a referência que Lovecraft fez a ele num trabalho em que pretendia traçar a origem histórica deste livro. Nesta história Lovecraft mistura elementos reais da história com a ficção de tal forma detalhada que ao lermos pensamos que realmente o livro existiu. O texto abaixo "History of the Necronomicon" (1927):
A História do Necronomicon
O título original era Al-Azif, azif era a palavra utilizada pelos árabes para designar o som noturno (produzido pelos insetos) que, se supunha, ser o uivo dos demônios. Escrito por Abdul Alhazared, um poeta louco de Sanná, no Yemen, que se supõem ter florescido durante o período dos califas Ommiade, perto de 700 A.C. Ele visitou as ruínas da Babilônia e os subterrâneos secretos de Memphis, e passou dez anos sozinho no grande deserto do sul da Arábia - o Roba El Khaliyeh ou "Espaço Vazio" dos antigos – o deserto "Dahna" ou "Crimson" dos árabes modernos, que se supõem habitado por espíritos malignos e monstros da morte. Deste deserto coisas estranhas e inacreditavelmente maravilhosas dizem esses que pretenderam penetrá-lo. Em seus últimos anos de vida Alhazred permaneceu em Damasco onde escreveu o Necronomicon (Al-Azif) e de sua morte final ou desaparecimento (738 A.C.) se cotam muitas coisas terríveis e contraditórias. Ele é mencionado por Ebn Khallikan (biografo do século XII) conta que foi pego por um monstro invisível em plena luz do dia e devorado horrivelmente em presença de um grande número de testemunhas aterrorizadas. De sua loucura muitas coisas são ditas. Ele pretendia ter visitado a fabulosa Irem, ou Cidade dos Pilares, e haver encontrado abaixo das ruínas uma inominável cidade deserta os anais secretos de uma raça mais antiga que a humanidade. Ele era apenas um muçulmano não praticante, adorava entidades desconhecidas que ele chamava Yog-Sothoth e Cthulhu.
Em 950 A.C. o Azif, que havia circulado em secreto entre os filósofos da época, foi secretamente traduzido para o grego por Theodorus Philetas de Constantinopla com o título de Necronomicon. Durante um século e devido a sua influência provocou acontecimentos horríveis, até que foi proibido e queimado pelo patriarca Miguel. Desde então não temos mais que vagas referências do livro, mas (1228) Olaus Wormius encontra uma tradução latina posterior a Idade Média, e o texto em Latim foi impresso duas vezes – uma no século XV em letras góticas (evidentemente na Alemanha) e outrora no século XVII (provavelmente Espanha) ambas as edições existiam sem marca de identificação, e haviam sido datadas só por evidencia tipográfica. A obra (tanto latina quanto grega) foi proibida pelo Papa Gregório IX em 1232, pouco depois que sua tradução latina, fosse um poderoso foco de atenção. O árabe original se perdeu na época de Wormius, tal como indicado no seu prefácio e nunca se viu a cópia grega (que foi impressa na Itália entre 1500 e 1550) desde que se incendiou a biblioteca de um colecionador particular de Salem em 1692. A tradução feita pelo dr. Dee nunca foi impressa, e existe apenas um fragmento recuperado do manuscrito original. Dos textos latinos agora existe um (século XV) está guardado no Museu Britânico, enquanto outra cópia (século XVII) está na Biblioteca Nacional de Paris. Uma edição do século XVII está na Widener Library em Harvard, e na Biblioteca da Universidade de Miskatonic em Arkham. Além disto na Biblioteca da Universidade de Buenos Aires. Numerosas outras cópias provavelmente existem em segredo, e uma do século XV existe um rumor persistente que forma parte da coleção de um célebre milionário norte americano. Um rumor ainda vago acredita numa cópia do século XVI. O texto grego na família de Pickman em Salem; mas se isto foi assim preservado, isto desapareceu com o artista R.U. Pickman, que desapareceu cedo em 1926. O livro é severamente proibido pelas autoridades da maioria dos países, e por todo os ramos de organizações eclesiásticas. Sua leitura pode trazer terríveis conseqüências. Acredita-se pelos rumores que circulam deste livro (de que relativamente poucos dos públicos gerais conhecem). Crê-se que R.W. Chambers se baseou neste livro para sua novela “The King In Yellow”.
Cronologia
730 A.C Al Azif escrito em Damascus por Abdul Alhazred

950 A.C Traduzido para o grego como Necronomicon por Theodorus Philetas

1050 Queimado pelo Patriarca Miguel (i.e. texto grego) – Texto árabe é perdido.

1228 Olaus Wormius traduz do grego para o latim

1232... Edição latina (e grega). Proibida pelo Papa Gregório IX 14... Edição impressa em letras góticas (Alemanha) 15... Texto grego impresso na Itália. 16... Impressão hispânica do texto latino.

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